Ao fechar os olhos
Eu ouço o respirar dos oceanos
Que em silêncio oferece as suas ondas
Para as minhas lágrimas lavar
Enquanto o vento sopra os seus mistérios no ar
Com a mesma intensidade
Em que as estrelas se deixam avistar
No infinito céu acima de nós
Caminhando milhares de lua
A voz se faz presente no silencioso amanhecer
Que procura despertar a consciência
Para a nossa metade
Que tanto se almeja encontrar
Pois eis que quando todas as areias do tempo
Cessarem o seu movimento
Todas as linhas da história irão se cruzar
Na margem do pergaminho perdido
Durante a jornada
Dentro do espaço do atemporal
Existem os acordes de uma canção
Que por séculos foi esquecida
E ainda ressoa na mente
Bem no fundo do nosso ser
Se encontra a razão de toda a existência
Que com o abrir dos olhos
Vagueia pelo além
Dispersa no vazio escuro da vida
O véu de toda a verdade
Aguarda pelo reinar de sua plenitude