O longa metragem aqui abordado, era um dos filmes mais aguardados por mim para este ano, mesmo sabendo da grandiosidade que seria o lançamento de Duna parte 2 no primeiro semestre. Hoje, 14 de outubro, eu finalmente consegui assistir ao tão falado/criticado filme na telona do cinema.
Como já mencionado anteriormente, eu tinha criado grandes expectativas para este filme, havia gostado muito do filme lançado em 2019 e com isso, consequentemente o hype só aumentava, porém, com as notícias do baixo desempenho nas salas comerciais e da repercussão negativa do filme, eu comecei a baixar a expectação para assisti-lo. Talvez, isso tenha influenciado fortemente a minha percepção na sala de cinema da obra do diretor Todd Phillips, já que dessa maneira eu fui para de fato acompanhar o resultado final do trabalho e não em busca de respaldo para a minha perspectiva.
Dito isso, agora me debruço para as minhas considerações:
O longa narra o desfecho dos eventos causados no primeiro filme. Acompanhamos o julgamento de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), um sujeito fragilizado e ferido tanto emocionalmente quanto psicologicamente, que sofre as consequências de sua fama abordada no filme de 2019 onde, cansado de sofrer diversas violências, resolve revidar às agressões com violência, resultando na morte de algumas pessoas. Em consequência desses atos de fúria, Arthur está preso no Asilo Arkham aguardando o seu julgamento. Lá ele conhece a Harleen "Lee" Quinzel (Lady Gaga) que o acompanhará em sua jornada até o seu veredito. Arthur se vê no dilema de obter a sua liberdade, seguindo as instruções de sua advogada, que justificando que as suas ações foram realizadas pela persona Coringa e não pela pessoa Arthur Fleck, vivendo essa dualidade, alimentando os seus seguidores fiéis. Just entertainment!
Com o apoio de sua nova parceira, Arthur expressa os seus delírios em canções que retratam a sua angústia, raiva, esperança entre outras emoções, e com isso deseja conseguir uma nova oportunidade de vida pós julgamento. O fator musical no filme não me incomoda de um modo geral, eu gosto de musicais (Moulin Rouge e La la land que o digam!), mas há momentos em que os números musicais atuam como anti-clímax da trama, deixando uma grande *barriga na narrativa.
A meu ver o diretor Todd Phillips quis encerrar esse ciclo do personagem trazendo uma reflexão da sociedade atual, onde muitos idolatram pessoas de má índole seguindo-as em redes sociais, permitindo que elas tenham voz e destaque numa comunidade insana, doente e sedenta por entretenimento barato, voltando ao Panis et circenses da Roma antiga. (Just entertainment!)
*Em roteiro, barriga significa encheção de linguiça, enrolação. É um termo usado quando o roteirista coloca situações que não contribuem em nada para a trama. Não é à toa que o termo técnico, em inglês, é filler, que significa enrolar.
Lançamento no Brasil: 03 de outubro de 2024
Duração: 2h 19min
Gênero: Ação, Drama, Romance
Direção: Todd Phillips
Roteiro Todd Phillips, Scott Silver
Elenco: Joaquin Phoenix, Lady Gaga, Brendan Gleeson
Título original: Joker - Folie à Deux
Sinopse:
Não recomendado para menos de 16 anos
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta - e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante. Preso no hospital psiquiátrico de Arkham, ele acaba conhecendo Harleen "Lee" Quinzel (Lady Gaga). A curiosidade mútua acaba se transformando em paixão e obsessão e eles desenvolvem um relacionamento romântico e doentio. Lee e Arthur embarcam em uma desventura alucinada, fervorosa e musical pelo submundo de Gotham City, enquanto o julgamento público d'O Coringa se desenrola, impactando toda a cidade e suas próprias mentes conturbadas.
Vale muito a pena conferir a reflexão do Spartakus:
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